terça-feira, 27 de abril de 2010

O Alfabeto da inclusão

Com o A acolho os diferentes estilos de aprendizagem.
Com o B busco estratégias de comunicação.
Com o C conquisto parcerias e espaços.
Com o D digo sim à diversidade.
Com o E envolvo-me na luta pela inclusão.
Com o F faço a minha parte.
Com o G garanto um ensino de qualidade.
Com o H harmonizo a convivência.
Com o I incluo métodos, materiais e técnicas que contemplem a todos.
Com o J junto esforços e logro êxito.
Com o K know-how é essencial.
Com o L limitações são superadas.
Com o M modifico ou adapto a minha prática.
Com o N necessidades são atendidas.
Com o O observo que todos, sem exceção, têm poder pessoal.
Com o P promovo a interação.
Com o Q quebro barreiras.
Com o R respeito as diferenças.
Com o S sensibilizo e motivo a mudança de atitude.
Com o T transformo realidades.
Com o U utilizo todas as inteligências dos alunos.
Com o V valorizo cada avanço.
Com o W walk-over será apenas uma consequência.
Com o X xenofobia ou qualquer tipo de discriminação eu abomino.
Com o Y yang e yin são considerados.
Com o Z zelo para que todos melhorem a sua vida e, juntos, transformemos a sociedade.
Montagem: Josselene Marques





Ruth Rocha: "Leitura não pode ser só folia"

A autora acredita que o livro também deve cumprir o papel de enriquecer o vocabulário

Daniela Talamoni (novaescola@atleitor.com.br), colaborou Carol Salle

Aos 77 anos, a paulistana Ruth Rocha ainda faz muita criança se apaixonar pela literatura. Ela é a autora do clássico Marcelo, Marmelo, Martelo (Ed. Salamandra), um fenômeno editorial que já ultrapassou a marca de 1 milhão de cópias vendidas. Mas sua obra vai muito além. Com mais de uma centana de livros publicados e prêmios importantes no currículo, Ruth já tem dois novos títulos saindo do forno: Solta o Sabiá (Ed. Companhia das Letrinhas) e Quem Tem Medo do Novo (Ed. Global).


O que fazer se uma criança, aos 10 anos, não demonstrar qualquer interesse pela leitura?
RUTH ROCHA O primeiro passo é descobrir se ela realmente entende o que anda lendo. Muitas vezes o título não é adequado à sua capacidade de interpretação. Nesse caso, o ideal é partir para a leitura de textos curtos ou pequenos trechos de histórias mais longas.

O que você acha do estímulo à leitura por meio de atividades lúdicas?
RUTH Concordo, desde que as propostas sejam desenvolvidas com inteligência e não transmitam a ideia de que a folia e o divertimento têm um papel maior do que a própria leitura. Além disso, os professores deveriam ler os livros infanto-juvenis antes de indicá-los aos alunos.


Qual é o segredo do sucesso de Marcelo, Marmelo, Martelo?
RUTH Se eu soubesse, faria todos como ele! O que sei é que um bom livro precisa ter verdade, propor novas questões e fazer o leitor pensar. Nunca escrevo porque tal assunto pode agradar ao público infantil, mas sempre preocupada em contar uma boa história e ser fiel aos meus valores.

Você publicou muitas adaptações de clássicos. É difícil falar a língua das crianças nesse gênero literário?
RUTH Dou um tom mais infantil à obra, mas não fico tentando buscar palavras que sejam mais fáceis. O livro também é uma forma de enriquecer o vocabulário, e a adaptação precisa respeitar o original.

A internet ajuda ou atrapalha o desenvolvimento da leitura?
RUTH Essa tecnologia é muito nova e acho que ainda não se encontrou uma linguagem adequada para ela. Por enquanto, utiliza-se muito a rede para fazer pesquisas, sem saber como fazer isso, porque ninguém ensina. Os alunos copiam e colam no trabalho escolar qualquer bobagem. Outro problema é saber se as informações veiculadas são fidedignas. Nesse sentido, o livro é mais confiável.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/leitura-nao-pode-ser-so-folia-423575.shtml


domingo, 25 de abril de 2010

Limites

Muito se tem discutido em nossa sociedade a respeito da necessidade de se impor limites às crianças. Mas que limites? E como fazê-lo? Philippe Perrenoud tem um livro que eu acho fantástico, cujo título - “Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza” – traduz bem esta angústia de pais e professores.
Não existem receitas para saber como impor limites, nem listas com os limites que as crianças de cada idade devem ter, isto varia de família para família, de pessoa para pessoa. O limite aceitável de “bagunça” de uma casa é diferente em outra, para uma família é permitido comer biscoitos antes do jantar, em outra não, por exemplo. Diz o bom senso que o nosso limite acaba quando começa o do outro, mas nos dias atuais está difícil, até mesmo para muitos adultos, enxergar o outro. Assim sendo, seguem algumas dicas do que considero importante em se tratando de limites.
Firmeza com amor – sempre que a dúvida de como agir, ou a angústia de não saber estar agindo da melhor forma, surgir, pergunte-se se está fazendo com amor. Firmeza não é sinal de desamor, nem de violência. É possível (e recomendável) que sejamos firmes, amorosamente. A firmeza passa segurança para as crianças. Muitas vezes, quando elas insistem em nos contrariar, estão apenas certificando-se de que estamos certos e confiantes da resolução que tomamos. Por isso as crianças gostam das regras e dos limites, para se sentirem seguras. Devemos assumir o controle da situação. (isto inclui não transferir a autoridade para o outro responsável, o guarda, o “moço da loja ou do restaurante”, o lobo, a tia, etc.)
Ao mesmo tempo, é necessário que reflitamos, apesar da urgência do momento, alguns segundos pelo menos, antes de dizer “sim” ou “não”. E uma vez tomada a decisão, que possamos manter a palavra. A constância é muito importante na tarefa de educar. Às vezes um dia em que não se está “a fim de se aborrecer”, desconstrói todo um trabalho que havia sido feito. Neste caso, não resta outra solução a não ser começar tudo outra vez. Educar é uma tarefa árdua, pois tem que ser todo-o-dia. Se um dia pode algo e outro não, a criança fica confusa, e vai tentar que no dia seguinte possa também. É claro que as situações são diferentes e complexas. Não dá para ser tudo igualzinho. Neste caso, explique de uma maneira simples. Mesmo que a criança não entenda 100% o seu argumento, entenderá a explicação através da emoção, do tom de voz. É preciso que haja coerência nas nossas ações. Falando em coerência, lembremos que o exemplo ainda é uma ótima maneira de educar...
Uma outra dica é não “entrar em discussão” com a criança. Falar mil vezes a mesma coisa, por exemplo. Uma vez é suficiente. Repetir não fará com que ela faça o que está sendo pedido, a não ser, na milésima vez, quando então o pedido for mais incisivo, ou acompanhado de outras atitudes... Que tal olhar no olho do nosso filho e pedir-lhe que vá tomar banho, ou fazer a lição de casa, ou desligue a televisão? Se não funcionar da primeira vez podemos nós mesmos leva-lo a fazer. É preciso dar importância e seriedade ao que falamos, só então nossos filhos farão o mesmo. Será que quando falamos “mil vezes”, as primeiras vezes não foram apenas por hábito, sem que nós mesmos acreditássemos em nossa ordem?
Todas estas medidas devem ser acompanhadas de outras como o respeito, o incentivo, a promoção da autonomia e da responsabilidade. Não adianta impor limites se infantilizamos a criança. Yves de La Taille utiliza a metáfora do limite em dois sentidos: o de impor limites – que foi abordado aqui até agora – e o de transpor limites: como superar-se. Uma criança que consegue, por exemplo, andar pela primeira vez de bicicleta sem rodinha, vestir-se só, tirar uma boa nota na escola, aprender a nadar, fazer amigos, etc... o primeiro sentido da metáfora só é válido se for acompanhado do segundo, caso contrário estaremos apenas tolhendo nossos filhos.
Fazer a criança participar da vida da família é outra dica. Muitos pais reclamam que os adolescentes são alheios aos problemas da casa, mas é preciso que ele seja acostumado a sentir-se integrante desta família, com tarefas e responsabilidades, não só relativas a ele, como manter seu quarto arrumado, mas que o fazem sentir-se útil ao grupo familiar. Desde pequenas as crianças podem ajudar, por exemplo, colocando a mesa para uma refeição, guardando as compras na geladeira, cuidando dos animais de estimação, etc. Conforme vão crescendo suas responsabilidades podem ir aumentando.
Resumindo: firmeza, constância, coerência, amor, respeito, responsabilidade.
Utilizei a terceira pessoa do plural neste artigo, pois além de educadora e psicopedagoga sou mãe e sei quão angustiante e trabalhosa é a questão dos limites. Mas a tarefa de educar torna-se menos árdua quando podemos dividi-la. Por isto sintam-se à vontade para usar este espaço, deixando comentários!

Referências bibliográficas:

PERRENOUD, Philippe. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre: Artmed, 2001.
TAILLE, Yves de. Limites: três dimensões educacionais. São Paulo: Ática, 2006.

Fonte: http://psicopedagogaandreagarcez.blogspot.com/

quinta-feira, 22 de abril de 2010


Será que o professor consegue????

O que uma Educadora deve ter...

Uma memória de elefante, para de tudo se lembrar.

Uma paciência de anjo, para a todos educar.

Olhos à volta da cabeça, para tudo poder ver.

Resposta automática, para a todos responder.

Microfone incorporado, para tudo registar.

Umas costas bem largas, para tudo isto aguentar.

Ouvidos com controle de intensidade, para não ficar com a cabeça atordoada.

E uma voz bem resistente, para não ter de ficar calada.

Oito braços como um polvo, para a todos ajudar.

E um coração de criança, para tudo apreciar.

Um bom filtro nasal, para aos maus cheiros resistir.

E um enorme bom humor, para tudo encarar a rir!

Mais 10 dedinhos de fada, que ajudem a trabalhar…

E umas pernas de atleta, para os mais pequenos apanhar.

Conhecimentos de informática, para usar o computador.

E também de medicina, para aliviar a dor.

Precisa também de ter muita cultura geral.

E nas áreas científicas, não poderá dar-se mal…

Biologia, Matemática e também Meteorologia.

Para além de Físico-química e também Geografia.

Tem de saber Psicologia, para lidar com as pessoas.

E dizer, sem magoar, às vezes coisas menos boas…

Enfim, uma Educadora à medida da necessidade,

Só feita por encomenda, não vos parece verdade?

Fonte: Baú das Mensagens

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Para refletir
TUDO TEM SEU TEMPO
(Eclesiastes, cap. 3o.; ver. 1o. e 8o.)

Tudo neste mundo tem seu tempo determinado
tempo para todo propósito debaixo do céu
tempo de nascer e tempo de morrer
Tempo de plantar e tempo de arrancar
Tempo de matar e tempo de curar
Tempo de derrubar e tempo de construir
tempo de ficar triste e tempo de se alegrar
Tempo de chorar e tempo de dançar
Tempo de espalhar pedras e tempo de juntá-las
Tempo de abraçar e tempo de afastar
tempo de procurar e tempo de perder
Tempo de economizar e tempo de desperdiçar
Tempo de rasgar e tempo de remendar
Tempo de ficar calado e tempo de falar
tempo de amar e tempo de odiar
Tempo de guerra e tempo de paz!

terça-feira, 20 de abril de 2010


Dificuldades de aprendizagem

COMO LIDAR COM CRIANÇAS QUE TEM DIFICULDADE EM APRENDER

O termo 'dificuldade de aprendizagem' começou a ser usado na década de 60 e até hoje - na maioria das vezes - é confundido por pais e professores como uma simples desatenção em sala de aula ou 'espírito bagunceiro' das crianças. Mas a dificuldade de aprendizagem refere-se a um distúrbio - que pode ser gerado por uma série de problemas cognitivos ou emocionais - que pode afetar qualquer área do desempenho escolar.
Na maioria dos casos é o professor o primeiro a identificar que a criança está com alguma dificuldade, mas os pais e demais membros da família devem ficar atentos ao desenvolvimento e ao comportamento da criança.

Segundo especialistas, as crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar desde cedo um maior atraso no desenvolvimento da fala e dos movimentos do que o considerado 'normal'.

Mas os pais têm que ter cuidado para não confundir o desenvolvimento normal com a dificuldade de aprender. A psicóloga Maura Tavares Rech, especialista em psicoterapia infantil, afirma que "toda a criança tem um processo diferente de desenvolvimento - umas aprendem a andar mais cedo, outras falam mais cedo - e isso é absolutamente normal, não existe um 'padrão' de desenvolvimento. Portanto é importante que os pais respeitem o desenvolvimento geral da criança. Nesta fase o pediatra torna-se um grande aliado dos pais", diz a psicóloga.

Crianças com dificuldades de aprendizagem geralmente apresentam desmotivação e incômodo com as tarefas escolares gerados por um sentimento de incapacidade, que leva à frustração.

Neste caso, a orientação da psicóloga é de "valorizar o que a criança sabe para fortalecer sua auto-estima". Mostrar para a criança o quanto ela e boa em tarefas na qual ela tem habilidade e incentivá-la a desenvolver outras tarefas nas quais ela não é tão boa, é fundamental.

"Os pais têm que dar segurança e atenção para ensinar a criança a aceitar as frustrações", diz Maura. Criar um ambiente adequado para que ela desenvolva o estudo e estabelecer limite de horários para a realização das tarefas são outras dicas importantes da psicóloga.

Mas não se deve confundir dificuldade de aprendizagem com falta de vontade de realizar as tarefas. Maura afirma que problemas de aprendizagem podem ser causados por uma simples preferência por determinadas disciplinas ou assuntos. "Nestes casos um professor particular pode, muitas vezes, resolver o problema", diz ela.

Se os pais acreditam que seu filho apresenta dificuldades de aprendizagem, devem procurar um profissional para receber as orientações.

Neste caso, os psicólogos com especialização em clinica infantil são os profissionais adequados para realizar uma avaliação e tratar da criança, se o problema for gerado por fator emocional. Caso o diagnóstico da criança for dificuldade cognitiva, a criança deve ser encaminhada para um psicopedagogo que poderá ajudar no desenvolvimento dos processos de aprendizagem.

Para obter resultados concretos é preciso ser feito um trabalho em conjunto entre pais, psicólogos, psicopedagogos, escolas e professores, que deverão estar envolvidos com um único objetivo: ajudar a criança. E é imprescindível que os pais conheçam seus filhos e conversem freqüentemente com eles para que possam detectar quando
algo não vai bem.
Escrito por Deny Figueiró
Encontrado no blog: http://cristianefigueiro.zip.net/
A PORTA DO LADO

Por Dráuzio Varella

Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a
gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos
que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos
mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.

E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente...

É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na
garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de
simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua
vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a
abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de
algumas pessoas melhor, e de outras, pior.

Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos,
mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes.

Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para
eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor
diferença.

O que não falta neste mundo é gente que se acha o último
biscoito do pacote. Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca
ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga
e não deixam barato.

Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente.
O mundo versus eles.

Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também.
É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema
solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser
resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail, um pedido
de desculpas, um deixar barato.

Eu ando deixando de graça... Pra ser sincero, vinte e quatro
horas têm sido pouco prá tudo o que eu tenho que fazer, então não vou
perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.

Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e
gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a
"porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato.

Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do
bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros
dá errado."

Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não
estrague o seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia.
Lembre-se, o humor é contagiante - para o bem e para o mal - portanto,
sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria.
A "Porta do lado" pode ser uma boa entrada ou uma boa saída... Experimente!

quarta-feira, 14 de abril de 2010


Sempre em alerta!!!

O QUE OS PAIS DEVEM FAZER DIANTE DA VIOLENCIA ESCOLAR

Que podem fazer os pais quando seu filho é o agressor ou a vítima na escola. A intervenção dos pais, tanto da vítima como do agressor, diante da ocorrência deste fenômeno é fundamentalmente necessária. Siga alguns conselhos de como devem reagir os pais.

Quando seu filho é a vítima

No caso em que os pais suspeitem que seu filho é agredido ou vítima de bullying, não lhe diga que resolva seus próprios problemas. É extremamente positivo que estabeleça um canal de comunicação de confiança com seu filho para que ele se sinta à vontade em falar contigo sobre tudo de bom ou de mal que esteja vivendo. Se seu filho é uma vítima, fale com ele, e se comprometa em ajudá-lo a resolver este problema. Diga-lhe que ele não é culpado desta situação. Não o faça sentir-se culpado nem o abandone. Tente sempre algo mais.

Junto ao seu filho, fale do assunto. Faça-o sentir-se protegido, sem estimular a dependência. Envolva quanta gente seja possível e siga esses conselhos:

1- Investigue em detalhe o que está ocorrendo. Escute seu filho e não o interrompa. Deixe que desabafe sua dor.

2- Coloque-se em contato com o professor do seu filho, com a direção do colégio e com o coordenador de estudos para alertá-los sobre o que ocorre, e peça sua cooperação na investigação e na resolução do acontecido.

3- Não estimule seu filho que seja agressivo ou se vingue. Pioraria mais a situação.

4- Discuta alternativas seguras para responder aos agressores e pratique respostas com seu filho.

5- Caso a agressão continue, prepare-se para colocar-se em contato com um advogado.

6- Dependendo do grau de ansiedade e de medo que esteja envolvido o seu filho, busque um psicólogo para ajudá-lo a superar este trauma. Mas jamais se esqueça que a melhor ajuda, nesses casos, é a da família.

7- Mantenha a calma e não demonstre tanta preocupação. Demonstre determinação e otimismo.

Quando seu filho é o agressor

É muito difícil para muitos pais reconhecerem algo negativo na conduta de seus filhos, por isso é muito importante, quando se detecta o caso, que eles trabalhem diretamente com a escola para resolver este problema, de uma forma imediata, já que normalmente o problema de uma má conduta pode crescer como uma bola de neve. O que jamais devem fazer os pais do agressor é usar de violência para resolver o problema. Podem ser acusados de maus tratos ao seu filho.

Melhor seguir alguns conselhos:

1- Investigue o porque do seu filho ser um agressor.

2- Fale com os professores, peça-lhes ajuda, e escute todas as críticas sobre seu filho.

3- Aproxime-se mais dos amigos do seu filho e observe que atividades realizam.

4- Estabeleça um canal de comunicação e confiança com seu filho. As crianças necessitam sentir que seus pais os escutam.

5- Tome cuidado para que não culpe aos demais pela má conduta do seu filho.

6- Colabore com o colégio dando seguimento ao caso e registrando as melhoras.

7- Canalize a conduta agressiva de seu fiho até algum esporte de competição, por exemplo.

8- Deixe claro ao seu filho que a conduta de agressão não é permitida na família.

9- Deixe claro o que ocorrerá se a agressão continuar.

10- Ensine-o a praticar boas condutas.

11- Não ignore a situação. Mantenha a calma e procure saber como ajudar ao seu filho.

12- Incentive seu filho a manifestar suas insatisfações e frustrações sem agressão.

13- Demonstre ao seu filho que continua amando-o tanto quanto antes, mas que desaprova seu comportamento.

14- Anime-o para que reconheça seu erro e que peça perdão à vítima. Elogie suas boas ações.

Escrito por Pablo Zevallos

terça-feira, 13 de abril de 2010

Para ler e se deliciar!!!

Fernando pessoa: "Encerrando ciclos"

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão

Fernando Pessoa

segunda-feira, 12 de abril de 2010


DIFICULDADES AO APRENDER A LER

De acordo com SELIKOWITZ (2001, p. 49), a leitura é um processo complexo. A criança deve ver claramente as formas das letras para que elas possam ser transmitidas para o cérebro. As formas das letras devem ser transmitidas em seqüência para o cérebro, e sua posição exata no espaço deve ser mantida. Em um leitor competente, o processo que desenvolve em seu cérebro quando lê é automático, a criança tem um depósito de palavras armazenadas em seu cérebro, área conhecida como léxico, que reconhece palavras familiares.

Outro aspecto importante da leitura: a compreensão. O léxico é conectado a uma espécie de dicionário no cérebro, conhecido como sistema semântico; este armazena os significados de todas as palavras que você conhece e permite que todas as palavras conhecidas sejam enquadradas em seus respectivos significados (SELIKOWITZ, 2001, p. 50).

A leitura competente se sustenta em um léxico registrado interno que pode reconhecer palavras familiares. Quando um indivíduo tem um léxico bem equipado e pode usá-lo para o reconhecimento de palavras, ele está no estágio automático (ou ortográfico) da leitura. A maioria das crianças normais não alcançam este estágio até os 8 a 10 anos de idade, e uma criança disléxica terá dificuldade de alcançar mesmo depois desta idade.

Conforme SELIKOWITZ (2001, p.51), as crianças precisam passar por estágios preparatórios antes que possam alcançar o estágio automático de leitura, o disléxico tem dificuldades para alcançar estes estágios.
O primeiro estágio é o da memória visual ou logográfico. Este não envolve um sistema léxico (o léxico está vazio). Em vez disso, as palavras são conhecidas como se fossem pessoas ou objetos familiares (SELIKOWITZ, 2001, p. 51).
De acordo com SELIKOWITZ (2001, p. 51), o próximo estágio é o fonológico (ou alfabético) e é muito importante. Crianças normais entram neste estágio aos 6 ou 7 anos de idade. Neste estágio, as crianças trazem um sistema especial para leitura, que é essencial, quando elas tiverem que equipar seu léxico para que possam progredir para o estágio automático. O sistema utilizado é um caminho alternativo para o sistema léxico, é chamado de sistema fonológico porque as palavras são quebradas (segmentadas) em sons competentes.
À medida que as crianças adquirem maior capacidade de traduzir os grafemas, elas começam a preencher o léxico do seu cérebro com palavras.

Quando isso acontece, elas podem começar a superar o sistema fonológico e ter acesso ao léxico sempre que elas lêem uma palavra familiar, isso não acontece com um disléxico, pois as palavras não conseguem ser identificadas pelo léxico (SELIKOWITZ, 2001, p. 52).

Postado por Regina Celia Camargo no blog: "Alfabetizando"

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"Dificuldade para muitos educadores!!!"

Porque ensinar a ler é tão difícil?

Por que o domínio básico de lectoescrita se tornou tão desafiador para o sistema de ensino escolar? Por que ensinar a ler não é tão simples? Como desvelar o enigma do acesso ao código escrito?

Em geral, quando nos deparamos com as dificuldades de leitura ou de acesso ao código escrito, esperamos dos especialistas métodos compensatórios para sanar a dificuldade. O fracasso do ensino escolar, no entanto, não é obra exclusiva da metodologia. Muitos são os fatores que favorecem o fracasso escolar.

Nenhuma dificuldade se vence com método mirabolante. O melhor caminho, no caso da leitura, é o entendimento lingüístico, por parte dos docentes e discentes, do fenômeno lingüístico que subjaz ao ato de ler. Ler é uma habilidade lingüística e traz, por isso, todas as vicissitudes da linguagem verbal.

Ler é, ao primeiro momento, um ato de soletrar, de decodificar fonemas representados nas letras; reconhecer as palavras, atribuir-lhes significados ou sentidos; enfim, ler, realmente, não é tão simples como julgam alguns leigos. Ler é uma habilidade das mais complexas no âmbito da linguagem. Qual, então, o papel do professor na formação de bons leitores? Que passos devem levar a efeito no exercício da leitura.

O primeiro passo, nessa direção, é de o professor ensinar o aluno a aprender a ler antes para, em seguida, praticar estratégias de leitura. Em outras palavras, o docente deve atuar eficientemente diante das dificuldades do acesso ao código escrito, as chamadas dificuldades leitoras ou dislexias pedagógicas.

Quero dizer o seguinte: é papel do professor ensinar o aluno a aprender mais sobre os sons da língua, ou melhor, revelar-lhe como a língua se organiza no âmbito da fala ou da escrita.
Quando me refiro à fala, estou me afirmando, de alguma modo, que é imprescindível tomá-la como ponto de partida para o estudo dos sons da fala, dos fonemas da língua: consoantes, vogais e semivogais.

As dificuldades de leitura, em particular, têm sua problemática agravada por conta da má sistematização, em sala de aula, do estudo dos sons da fala, em geral, mal orientado por pedagogia ou metodologia de plantão: afinal, qual o melhor método de leitura? O fônico ou o global? Como transformar a leitura em uma habilidade estratégica para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de aprendizagem do aluno?

Assim, um ponto inicial a considerar é a perspectiva que temos de leitura no âmbito escolar. Como lingüística, acredito que a perspectiva psicolingüística responde a série de questionamentos sobre o fracasso da leitura na educação básica.

A alma e o papel, o pensamento e a linguagem, a fala e a memória, todos esses componentes têm um papel extraordinário na formação para o leitor proficiente.

Em geral, os docentes não partem, desde o primeiro instante de processo de alfabetização escolar, da fala. A fala recebe uma desprezo tremendo da escola e é fácil compreender o porquê: a escrita é marcador de ascensão social ou de emergência de classe social.

A escrita é ideologicamente apontada como sendo superior a fala. A tal ponto podemos considerar essa visão reducionista da linguagem, que quem sabe falar, mas não sabe escrever, na variação culta ou padrão de sua língua, não tem lugar ao sol, não tem reconhecimento de suas potencialidades lingüísticas. Claro, a escrita não é superior à fala nem a fala superior à escrita. Ambas, importantes e interdependentes.
Vicente Martins é professor da Universidade EstadualVale do Acaraú (UVA), de Sobral, Estado do Ceará, Brasil.
Texto encontrado no blog: "O mundo da alfabetização"

POESIAS SOBRE O LIVRO

O Livro
Eu sou um livro,
sou importante.
Tenho um trabalho
emocionante

É com palavras
que me sustento
e nelas levo
conhecimento.

Se alguém procura
o que fazer,
sou opção
de bom lazer.

Eu posso ser
muito engraçado,
deixar você
bem humorado.

Eu posso ser
seu professor
e lhe ensinar
com todo amor.

Eu posso ainda
ser seu amigo,
levar você
sempre comigo.

Eu só não posso
fazer careta
se me abandonam
numa gaveta.
Rosa Clement,
© 2007

sexta-feira, 2 de abril de 2010


Conferência de Educação

Piso Salarial para o professor terá mesa de negociação

Quinta-feira, 01 de abril de 2010 - 16:20

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira, 1º, durante a plenária final da Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília, a criação de uma mesa permanente de negociação entre parlamentares, governadores, prefeitos e centrais sindicais e órgãos representativos, como o Consed e Undime, para fazer avançar a lei do piso.

A Lei 11.738, de 16 de julho de 2008, instituiu o piso nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, mas ainda não é cumprida por todos os prefeitos e governadores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente à plenária final, acolheu a sugestão. “Eu me disponho a conversar com governadores sobre o piso. Concordo com a proposta da mesa de negociação”, disse. Na visão dele, o valor do piso ainda é baixo.

“Os educadores não são valorizados. Eu não me conformo de alguém achar que um piso de R$ 1.024 é alto para uma professora que cuida de nossos filhos”.

A proposta do ministro é que a mesa discuta medidas para valorizar o professor que já trabalha e atrair jovens para a carreira. “Não vamos atrair jovens sem valorização da carreira. Temos que sentar com os interessados e no Plano Nacional de Educação (PNE) fixar metas para remuneração mínima do trabalhador daqui a dois, quatro, dez anos. Por isso, sugiro uma mesa permanente de negociação”, defendeu Haddad.

Para o presidente Lula, a formação e valorização dos profissionais de educação são fundamentais para dar seguimento ao que classificou de verdadeira revolução na educação. “O casamento entre educação de qualidade e valorização do professor tem que ser indissolúvel”.

O presidente da República destacou a criação do Fundo Nacional de Financiamento da Educação Básica (Fundeb) e o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) como exemplos de ações educacionais importantes em sua gestão para melhorar o financiamento da educação, mas, segundo ele, insuficientes sem a valorização do professor. “Essas ações só crescem se houver à frente delas aquele profissional bem preparado”, afirmou.

Piso Salarial – Cinco estados impetraram Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.167 contra a lei do piso, mas o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade da lei. Porém, ainda falta decidir sobre outros aspectos, como a destinação de um terço da jornada de trabalho dos professores voltada ao planejamento de aulas fora da escola.

A Conae será encerrada nesta quinta-feira, 1º, com a redação de um documento com as deliberações de delegados de todo o país. As resoluções servirão para embasar políticas educacionais como a elaboração do próximo PNE, que conterá metas a serem alcançadas entre 2011 e 2020.

Maria Clara Machado
Palavras-chave: Conferência Nacional de Educação, piso nacional do magistério
Fonte: Portal do MEC