segunda-feira, 22 de março de 2010


DICAS DE IÇAMI TIBA!!

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, TV, etc...

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo.

4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança.

7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É À HORA de se comer e o que comer.

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.

11. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo.

12. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

13. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação.

14. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não devem interferir na educação do neto.

15. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

16. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

17. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

18. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'.

19. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

20. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

21. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.

Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, (em Curitiba, 23/07/08).
Içami Tiba, nascido em Tapiraí, é um médico psiquiatra, psicodramatista, colunista, escritor de livros sobre educação familiar e escolar e palestrante brasileiro.

http://matecarneiroblogspot.com/

terça-feira, 16 de março de 2010

TEXTO COMO LIDAR COM A AGRESSIVIDADE INFANTIL

Apesar da preocupação que causa em pais e professores, a agressividade tem um importante papel na vida de todos: sem ela não haveria possibilidade de lutar pelo nosso espaço, de competir e de assegurar nosso lugar no mundo, desde a infância. Assim, o que se deve controlar é a agressão, a violência e o descontrole que prejudicam o convívio em sociedade e não a agressividade natural que impulsiona para a vida. Inibir por completo as manifestações agressivas causa retraimento e torna a pessoa geralmente apática e sem iniciativa.
Ao longo da vida, a agressividade adquire formas diferentes de expressão. O bebê, por exemplo, usa o choro para comunicar seu desconforto, incluindo a agressividade. Aos poucos, adquire outros recursos para se manifestar e conhecer o mundo, tais como: colocar tudo na boca e morder, dar tapas, tocar e puxar. Esses comportamentos vistos como agressivos pelos adultos nada mais são do que a forma que o bebê possui de descobrir as coisas. Mais tarde, vendo como os pais reagem frente a esses comportamentos é que as crianças aprendem que puxando o cabelo da mãe ou empurrando um coleguinha conseguirão a atenção dos cuidadores. Outra questão é o aumento da necessidade da criança de testar os adultos e as regras: “até onde posso ir?”, “eles continuarão me amando se eu desobedecer?” Com o desenvolvimento da criança, a agressividade passa a ser utilizada também para chamar a atenção e marcar o seu espaço, por exemplo, frente ao nascimento de um irmão. Quando isso acontece, a criança imagina que vá perder o amor dos pais para o bebê e pode reagir tendo crises de agressividade, sendo essa uma tentativa de chamar a atenção dos pais e de demonstrar seu descontentamento.
Chorar, bater, morder, se jogar no chão e espernear são, portanto, as maneiras que as crianças têm de demonstrar que estão incomodadas com algo. A função de ensiná-las outras formas de expressar a insatisfação (que não seja a agressão) e de controlar os sentimentos de raiva é dos adultos que a cercam. Educar uma criança significa mostrá-la maneiras eficazes de lidar com o que sente para que ela possua outros recursos tal como a fala, além das conhecidas crises de choro e de gritos. Esse ensinamento é feito com palavras, mas principalmente com exemplos práticos de comportamento (não adianta um discurso de não violência se, por exemplo, a criança vivencia constantemente o pai tendo crises de descontrole no trânsito).
Para ensinar uma criança a “domar” sua agressividade, algumas dicas são relevantes. Os adultos devem manter a calma frente à situação em que a criança se descontrolou. Deve-se explicar claramente para ela o que aconteceu, apontando as responsabilidades dela, as causas e conseqüências do fato ocorrido. Isso tende a ajudá-la a se controlar da próxima vez. É fundamental que ela peça desculpas quando seu descontrole tiver prejudicado alguém – mesmo que o pedido pareça forçado, ela vai aprendendo o que esperam dela. Nesse sentido, quando os pais ou educadores perdem a paciência, vale também uma conversa posterior com a criança, seja para pedir desculpas ou simplesmente esclarecer o ocorrido. Além disso, criar alternativas para que a criança possa descarregar sua agressividade, como brincadeiras e esportes, tende a ser muito proveitoso.
Finalizando, é preciso esclarecer que, mesmo sendo parte do desenvolvimento normal, ataques recorrentes de agressividade pode ser um pedido de atenção e de ajuda. Devemos, nesses casos, antes de mais nada, refletir sobre quanto carinho e atenção estamos dando para essa criança. Psicólogos e psiquiatras podem ajudar quando pais e educadores não conseguem resolver sozinhos a situação.

Fonte:
http://elianeprado.blogspot.com/

segunda-feira, 8 de março de 2010

Proposta com ideias para trabalhar leitura dinâmica

Leitura










































































Proposta para trabalhar leitura

- Tema: “Leitura dinâmica”
- Alunos atendidos: 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Dom José Delgado
- Duração: O trabalho deverá ser desenvolvido durante todo o ano letivo (ser inserido na rotina).




“O primeiro recurso pedagógico
Deve ser sempre o da sedução.”
Rufino Santos


Justificativa

Considerando que o estímulo à leitura é uma forma básica de formação, e que esta deve ser inserida no cotidiano de nossos estudantes, será desenvolvido a proposta: “Leitura dinâmica”, a qual possibilitará ao alunado se encantar com a leitura, a partir de situações efetivas e permanentes (ao longo do ano letivo) de aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento do comportamento leitor (comentar livros, discutir o sentido de um trecho, debater ideias, levantar e explicitar hipóteses, indicar livros interessantes para a turma, etc.), oportunizando dessa forma, o caminho para a formação do leitor proficiente.

Objetivo:
- Desenvolver o comportamento leitor;


- reconhecer os usos e funções da leitura;
- perceber as diferentes finalidades da leitura.




-Recursos:
Mural de leitura deleite ou compartilhada, caixa de passatempo, pastinha da leitura, avental, baú de surpresas, carrinho da leitura, textos diversos, etc.

Obs: As ilustrações acima, são apenas dicas do material que deverá ser confeccionado neste projeto. Elas foram encontradas em blogs como o de Tia Lu, Avental de histórias, Ideias e artes e outros que, infelizmente não lembro o endereço (quem souber, é só indicar que terei o prazer de expor).

Algumas sugestões para o desenvolvimento da proposta:
- De início, confeccionar os recursos necessários para o desenvolvimento da proposta.
- Expor para os alunos o trabalho que será desenvolvido, apresentando os materiais. Falar dos objetivos, dos cuidados com os recursos, da importância do trabalho, etc.
- Na caixa de passatempo disponibilizar diversos materiais, como: vários tipos de texto, labirinto, desenhos, cruzadinha, jogo da memória, caça-palavra, alfabeto móvel, além de outros. Este trabalho é uma maneira prazerosa e produtiva de ocupar os alunos que realizam as atividades rapidamente e costumam distrair os colegas que ainda não terminaram tirando-lhes a concentração.
- Quanto à pastinha da leitura, o trabalho deverá ser realizado buscando que o aluno leve o livro para casa, de forma que a leitura seja compartilhada com a família. É importante que ele também fale um pouco para a turma do livro que escolheu (falar de um trecho, indicar, etc). Buscando variar, o professor poderá solicitar que o aluno traga algum tipo de texto para apresentar a turma.
- Em relação ao mural, a exploração ocorrerá a partir de leitura deleite ou compartilhada, de forma a montar semanalmente o mural com textos diversificados, trazidos pelo professor ou pelo aluno (jornalístico, adivinhas, parlendas, contos, músicas, poesias, etc). É importante que a leitura seja realizada diariamente e os textos sejam disponibilizados no mural. O Professor poderá fazer uso de materiais para recorte.
- O avental servirá para contagem de diferentes histórias.
- O trabalho com o palquinho da leitura, será elaborado um cronograma de atendimento da sala de leitura, de forma que ele permaneça uma semana em cada sala, com textos diversificados. É interessante que o professor utilize a caixa de som com microfone para que o aluno faça a leitura do texto escolhido, para os demais.
- A caixa surpresa (baú) poderá ser empregada para diversas finalidades, como: colocar materiais relativos aos projetos trabalhados, livros para contação de histórias, objetos para bingos, ditados dinâmicos, etc.
- Pode-se trabalhar ainda com o carrinho da leitura, portando diversos textos (carrinho de carregar feira de fruta), de forma que ele permaneça no máximo meia hora em cada sala, objetivando que o aluno possa continuar a leitura do material escolhido na próxima visita do carrinho.
- É interessante e importante separar um “caderno de leitura” para que o aluno pregue pequenos textos e realize leitura na escola e em casa.
- Caso for possível, o professor presenteará os alunos com um livro de literatura (no aniversário de cada um) com uma dedicatória e assinatura de todos da sala, sendo uma forma de incentivar a leitura.
- Elaborar uma sequência didática para trabalhar textos diversificados (leitura, produção, etc).
Sugestão de texto para iniciar o trabalho:

Ler sempre.
Ler muito.
Ler “quase tudo”.
Ler com os olhos, os ouvidos, com o tato, pelos poros
e demais sentidos.
Ler com razão e sensibilidade.
Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e do vento.
Ler imagens, paisagens, viagens.
Ler verdades e mentiras.
Ler o fracasso, o sucesso, o ilegível, o impensável, as
entrelinhas.
Ler na escola, em casa, no campo, na estrada, em
qualquer lugar.
Ler a vida e a morte.
Saber ser leitor tendo o direito de saber ler.
Ler, simplesmente ler.

Edith Teodoro








OBS:Confeccionamos para a escola um banner com este texto

Ler sempre

Ler, ler vamos ler
Ler, ler é saber
Ler, ler é preciso ler
Ler, ler é aprender
Ler, ler é sonhar
Ler, ler é viajar
Ler, ler é emocionar
Ler, ler é conquistar
O livro é o professor do professor
Quem escreve livro é escritor
Para escrever um livro
Quantos outros foram precisos?
O livro é só o começo de uma história
É o espelho da memória
Registro de conhecimento
Ao longo do tempo
(música de Helena Cabral)



AVALIAÇÃO
A proposta deverá ser avaliada de forma contínua junto a alunos e professores, para que sejam detectados os avanços em relação aos objetivos propostos e realizados eventuais impasses diagnosticados em seu processo de execução, enfim, buscando o redirecionamento /aperfeiçoamento desse trabalho, para que o aluno possa realmente desenvolver a competência leitora.

domingo, 7 de março de 2010


INCLUSÃO, APROVAR OU REPROVAR? QUAIS OS PARÂMETROS...

Conflitos que vêm acompanhando o processo da inclusão escolar de crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEEs), é o da promoção. A criança pode ser aprovada, passar para a série seguinte, sem ter aprendido tudo o que foi ensinado? Ou tudo o que se pretendia que aprendesse? Ela pode ir adiante sem ter atingido aquelas aprendizagens consideradas básicas no percurso acadêmico regular, que vão variar nas diferentes séries, tais como alfabetização e conceitos lógico-matemáticos? Ela pode seguir com uma turma que tem outro nível de funcionamento, que está em outro patamar de aprendizagem? Mantendo o olhar da padronização e da impossível homogeneidade que por muito tempo regeu a escola, ficaria claro que as crianças que não atingissem determinados objetivos, não poderiam ser aprovadas.Porém, o enfoque inclusivo veio modificar esta forma determinista e quantitativa de definir aprendizagens e estabelecer os parâmetros para os avanços. A análise sobre a aprovação ou reprovação de uma criança com Síndrome de Down (ou com qualquer outra dificuldade de aprendizagem ou deficiência) exige uma ótica qualitativa, um levantamento dos progressos do aluno utilizando novos critérios, personalizando ensino e avaliação e empregando parâmetros coerentes com o pensamento inclusivo.

E que critérios são esses? O que pode e deve ser analisado antes de decidir se uma criança passa de ano ou não? Quando falamos de inclusão, nota e rendimento não bastam, é necessário que outros parâmetros entrem em questão (análise esta que deveria ser comum para todas as crianças).

- na aprendizagem: a criança aprendeu alguma coisa? A resposta a esta pergunta tem várias implicações, sendo a mais simples, caso o aluno tenha evoluído pouco ou quase nada durante o ano letivo, a reprovação sumária. Porém, chegar ao final do ano com um aluno que não aprendeu nada e atribuir apenas a ele e a sua síndrome essa responsabilidade, incorre no risco de repetir erros, perpetuar atitudes de exclusão, pois muitas vezes é a abordagem da escola que não surte efeitos positivos sobre a criança. Inclusão e aprendizagem significam que a criança está presente, está participando e está adquirindo conteúdos.

Toda criança pode aprender, toda criança parte de um patamar inicial e atinge outro, cresce e se desenvolve. A socialização, padrões de condutas comportamentais, regras sociais, certamente fazem parte das aquisições de um aluno na escola, mas não podem ser as únicas. A criança precisa aprender, progredir em outras áreas também, como na linguagem, nos aspectos cognitivos, psicomotores e emocionais. Ou seja, ela pode, além dos conteúdos curriculares, mais frequentemente submetidos a avaliações, se desenvolver nos aspectos menos formais do ensino regular, mas que contam muito no crescimento da criança incluída: ela pode aprender a trabalhar em grupo, a respeitar regras, a permanecer em uma atividade por tempo cada vez maior, a reter informações, pode aumentar seu vocabulário, melhorar sua preensão do lápis, ou aprender a esperar sua vez no jogo. Parecem aprendizagens simples que podem passar despercebidas ou pouco valorizadas no âmbito escolar que não tiver sensibilidade suficiente para rever seus critérios de esforço e sucesso. Reter a criança na mesma série, portanto, em nome de um "amadurecimento" ou maior tempo para aprender, sem profundas modificações no que e como lhe foi ensinado e que querem que repita, é atitude irresponsável.

Todas as crianças podem aprender, o aproveitamento escolar é individual, cada um se beneficia de alguma forma de uma aprendizagem. Na análise qualitativa e quantitativa da aquisição de conhecimentos de uma criança com NNEs, incorporando aspectos informais, entrevistas, observações, valorizando o processo e não apenas os resultados, adequando as avaliações ao processo ensino-aprendizagem e possibilitando formas diversas de expressão do aprendido, vamos verificar que aquisições ocorrem, que ela aprende.

Todas as crianças merecem ser avaliadas levando-se em conta suas características pessoais de tempo e estilo de aprendizagem, seus conhecimentos prévios e necessidades especiais e, partindo disso, merecem o estabelecimento de um programa que respeite estes aspectos. Se o programa traçado para aquela criança não surte o efeito desejado e esperado, o problema está no programa, e não na criança. A escola precisa constantemente se reavaliar, se reorganizar e redefinir objetivos e estratégias, oferecer alternativas de expressão, buscando interesse e motivação para a aprendizagem, tanto de todos os aluno quanto da professora.

E caso ela tenha aprendido um pouco? Não aprendeu o mesmo que os colegas, mas aprendeu? É nesse momento que outros critérios devem ser analisados.- o relacionamento professor/aluno: a compatibilidade entre professor e aluno ajuda e enriquece o desenvolvimento, pois a motivação de um motiva o outro. Inclusão é processo novo, desequilibra, transforma. Alguns professores se fortalecem, descobrem dentro de si mesmos uma capacidade de ensinar, seja a quem for. Outros se conscientizam de suas fraquezas, e podem ser dominados pelo desânimo, que vai refletir no aprendizado da criança. A professora que, estimulada, estimula seu aluno, é um dado a ser observado. Às vezes o vinculo formado entre a professora e o aluno pode ser tão forte que escola e/ou família se vêem tentados a manter a criança com aquela professora por mais um ano, para evitar novas dificuldades.

Não é ideal para a inclusão nem a professora que super-protege o aluno, nem a que subestima suas capacidades, e nem aquela que trabalha pela sua "normalidade", esperando da criança que ela alcance os colegas. Cada criança com SD terá suas habilidades e dificuldades, e sua aprendizagem, respeitando seus limites, deve ser esperada e exigida. Se a professora busca alcançar com o aluno o nível de aprendizagem do resto da turma, terá como resultado uma frustração generalizada, tanto da criança, quanto dos pais e dela própria. É importante, portanto, que a professora olhe para seu aluno com SD vendo além do que ele mostra, para poder vê-lo como mais um aluno, ao qual ela vai se adaptar para conseguir atingir com ele seu máximo potencial (que pode ser diferente dos colegas, mas é o seu potencial. Ao invés do olhar exigente, que vê as dificuldades, os problemas a serem enfrentados, lançar ao aluno um olhar desafiador, que acredita, que investe no potencial e nas habilidades, e sente orgulho a cada pequena conquista. A escola atua exigindo da criança aquilo que estiver dentro de seu campo de possibilidades, expandindo-o.

- o relacionamento com os colegas: Ambientes heterogêneos fazem crescer. Uma das grandes forças da inclusão é oportunizar a todas as crianças a convivência com as diferenças, aprendendo a respeitar as dificuldades e ritmos de aprendizagem de colegas com vários níveis de funcionamento. Este processo também é aprendizagem, também demanda adaptações, exige que a professora desenvolva este respeito no grupo, que valorize a diversidade e a ajuda mútua, identificando e superando obstáculos que possam surgir. Com o passar do tempo, a turma da criança com SD a conhece bem, sabe como ajudá-la, quando motivá-la a fazer sozinha, entende seu modo de se comunicar. Ou não.

Pode acontecer de a criança estar em uma turma que não soube acolhê-la, não a recebeu adequadamente, não a incluiu nas brincadeiras e festas, podendo ser pela não-interferência da professora, ou por um funcionamento próprio do grupo. E mesmo a turma que recebe bem e é adequada, deve ser observada para que se verifique se não ocorre uma super-proteção e infantilização do colega com SD. Nestes casos, a turma e sua professora precisam rever conceitos, passar por uma reformulação, em que se privilegie o senso de colaboração mútua.

- nível de autonomia: tão importante quanto o desenvolvimento cognitivo, é a capacidade da criança de ser autônoma, de ser independente nas atividades de vida diária e de cuidar de suas coisas, aspectos que devem ser trabalhados e valorizados em casa e na escola. O nível de autonomia deve ser suficiente para que a criança não seja dependente de seus colegas e professora nos aspectos básicos do dia-a-dia.

- linguagem: a criança com NEEs pode não entender tudo o que lhe é dito, e pode não se expressar muito bem. O importante é que compreenda as emissões feitas de forma adequada para ela, e que se faça entender, mesmo que não através da fala. O modo como a criança está se comunicando é fator a ser considerado na decisão final, levando sempre em conta que a convivência da criança com SD com outras crianças sem dificuldades comunicativas faz com que se beneficiem com a experiência com padrões de fala mais evoluídos, e não mais atrasados do que os delas.

- idade dos colegas: como bem se sabe a criança com SD pode apresentar atraso no seu desenvolvimento cognitivo e lingüístico. Porém, seu desenvolvimento físico, fisiológico e social são coerentes com sua idade cronológica. Grandes diferenças de idades e tamanhos entre as crianças podem comprometer os relacionamentos, e os focos de interesse demasiadamente divergentes podem dificultar a formação de vínculos e compatibilidades.

- comportamento da criança: distúrbios da conduta, comportamentos evitativos como fugas da sala de aula, agressividade, incomodar os colegas ou negar-se a fazer atividades, são sinais bastante claros de que algo não vai bem. Muitas vezes, comportamentos inadequados podem ser a forma mais eficiente de comunicação e inter-relação que a criança consegue estabelecer. É importante que se avalie onde está a causa destes comportamentos: na dificuldade em relação à aprendizagem, no relacionamento com os colegas, nas tarefas diferenciadas, na atenção obtida, na conscientização da deficiência. Definindo o elemento gerador do conflito, o professor pode direcionar mais adequadamente sua decisão sobre a permanência ou não daquele aluno naquela série, além de procurar a superação da causa detectada ou não reforçar o comportamento negativo.

- demanda da família: cada família tem uma expectativa em relação ao seu filho e à inclusão. Algumas famílias preferem que a criança permaneça mais tempo em uma mesma série para alcançar aprendizagens. Outras valorizam mais o vínculo com os colegas. Outras depositam tamanha confiança e afeto em determinada professora, que preferem que o filho permaneça com ela por mais um ano. A família deve ser ouvida e seus anseios analisados como mais uma variável desta equação.

- conceitos básicos: e o que fazer quando aquisições consideradas tão fundamentais quanto a alfabetização e conceitos lógico-matemáticos tais como noções de quantidades e operações básicas não tiverem acontecido ainda? No que se refere à alfabetização, devem se buscar alternativas da escrita e leitura, adaptando-se as formas de registrar conteúdos, de expressão gráfica através de desenhos ou colagens, da aceitação das respostas orais enquanto a palavra escrita ainda não estiver disponível. Alfabetização é importante, mas não é tudo. Há outros canais para aprender e para demonstrar o que foi aprendido. O percurso da aprendizagem de crianças com SD é longo e sem limites além daqueles estabelecidos pelos adultos. A grande maioria das pessoas com SD aprende a ler e escrever em diferentes fases, alguns bem pequenos, outros mais próximos da adolescência. Portanto, não podemos desistir por achar que a alfabetização não ocorrerá, mas também não devemos reter o aluno indefinidamente numa série esperando que esta alfabetização aconteça.

Em relação à Matemática, é preciso considerar e explorar o fato de que a criança vive os conceitos matemáticos desde bem pequena, quando separa carrinhos ou seleciona roupas de boneca, quando divide figurinhas ou fala da posição das coisas, quando classifica objetos ou põe a mesa. Observar e valorizar como estes conceitos são organizados e aplicados no dia a dia serão referências importantes em sua aprendizagem.

- aspecto legal: toda criança tem direito de acesso, direito de permanência e direito de progresso dentro da escola. Não há como reter um aluno indefinidamente em uma série.

- auto-determinação: "nada por nós, sem nós". A criança pode ter sua aprendizagem como um projeto de vida seu, e não apenas de seus pais e professores. Ela precisa ser ouvida, estimulada para investir em si mesma, para adquirir habilidades e fazer escolhas. Se a criança não parece ter entendido a importância da aprendizagem em seu desenvolvimento, ela tem uma lacuna de base a ser preenchida.

- o efeito emocional: reter uma criança que está em movimento, que está se desenvolvendo (mesmo que pouco), que está se esforçando dentro de seus limites, integrada e dedicada, pode funcionar como um freio, trazendo uma mensagem de que não vai dar conta, de que não é suficiente. O resultado é a desmotivação, pois a criança percebe que seu empenho não é valorizado.

Quando a reprovação é necessária, sendo considerada importante para o amadurecimento e crescimento da criança, deve-se deixar claro para todos, pais, aluno e para o próprio professor, que reprovar não é punição nem fracasso.

Uma reprovação só deverá ser considerada quando for uma medida que tem como objetivo atender às necessidades da criança e não de fugir das dificuldades da escola.A decisão sobre aprovar ou reprovar uma criança com necessidades educativas especiais incluída em classe regular deve ser resultado de profunda análise, em que se pesem todos os dados levantados, associados ao bom-senso da escola e ao consenso dos pais e profissionais envolvidos. Como em tudo que se refere à aprendizagem e à inclusão, não existe uma verdade única, nem uma fórmula que defina esta decisão. O que deve existir é o respeito à criança, resultado de um conhecimento profundo e individualizado de suas habilidades, potenciais e necessidades específicas.Fonte http://www.reviverdown.org.br

Dicas para Reunião de Pais!!

Ótimas Dicas para sua reunião ser um sucesso

1.Causar boa impressão na apresentação.
2. Superar resistências iniciais.
3. Criar um clima favorável.
4. Cortesia, atenção, simpatia.
5. Demonstrar sólidos conhecimentos sobre o assunto a ser tratado.
6. Estabelecer diálogo.
7. Ouvir com empatia: compreendo; Entendo o que o(a) Sr(a). quer dizer; se eu estivesse no seu lugar.
8.Ser assertivo, sem entrar em clima de agressividade.
9. Saber lidar com perguntas inesperadas.
10. Ouvir objeções até o final.
11. Iniciar pelos aspectos positivos do grupo.
12. Evitar comparações de alunos e classes.
13. Não expor o aluno. Casos particulares devem ser tratados em atendimentos individuais.
14. Deixar claro, sempre que necessário, que a reunião de pais tem como objetivo tratar de assuntos referentes ao grupo.
15. Como os pais podem auxiliar ou orientar nas tarefas de casa.
16. Envolver os pais no processo de aprendizagem do filho. Informar como os filhos estão aprendendo e para quê.
17. Lembre-se: os pais não esperam explanações teóricas acerca de algum tema. A maioria deseja receber sugestões fundamentadas que ajudem efetivamente em situações diárias e não imposições de valores.
MANTENHA CONTROLE DA SITUAÇÃO
1. Gírias: Tá legal, oi cara, tudo em cima?
2. Expressões repetitivas: Né; ta; viu? Certo?
3. Tratamento íntimo: Meu amor, querido(a), benzinho, flor.
4. Expressões dúbias: Eu acho, eu penso que pode ser, talvez, quem sabe?
5. Condicionais: Seria, poderia, faria, gostaria.
6. Palavras negativas: Impossível, não; sem explicar o porquê.
7. Eu não penso assim, foi a direção que decidiu.
8. Falar em nome do aluno ou dos pais errado.9. Aqui é assim mesmo, o senhor tem razão!

Lembre-se! A primeira impressão é a que fica e a última também.
Encontrado no blog de:Andrêzza Martins