sexta-feira, 25 de março de 2011

Texto seguido de atividade

Imagem encontrada na internet


O AMOR É ROSA - Içami Tibi

Eu sou branco. Você é vermelho. Quando estamos juntos somos rosa. Antes de eu conhecer você, eu não sabia o que era ser rosa.
Até que eu vivia bem sozinho: comia o que e na hora que eu queria: saía quando bem entendia para ir ao lugar a que tinha vontade de ir, com liberdade, independência e auto-suficiência.
Quando eu vi você, fiquei vermelho de paixão e nem me incomodei com os meus brancos. Até perceber que eu já não era mais o branco. Foi quando o vermelho começou a me sufocar e, então, brancamente me protegi. Mas às vezes eu me irritava e brigava com você. No fundo era porque você era vermelha e não branca igualzinha a mim. Percebi-me em alguns variados momentos querendo mudar a sua cor. Ainda bem que você soube permanecer-se vermelha, ter suas próprias emoções, sentimentos, comportamentos e pontos de vista. Caso contrário, você seria também branca.
Mas tive minhas reticências, pois estava acostumado ao meu ritmo e modo de vida brancos. Temi perder minha individualidade. Mas aos poucos fui descobrindo que o branco para se transformar em rosa não é se perder, desestruturar-se e desaparecer, mas é completar-se com o vermelho. O rosa me atemorizou, mas hoje vejo quanto é gostoso conviver, relacionar-se, amar e ser amado. Dá mais trabalho, porque nem tudo pode e deve ser feito brancamente, mas sem dúvida tudo pode ser mais gostoso e rico com o vermelho. Frequentemente, um bom lanche branco não é tão agradável quanto um singelo jantar rosa.

Atividades sobre o texto:

1) Expresse por meio de imagem, pode ser desenho ou recortadas de revistas ou jornais, as impressões causadas pelo texto em você. Quais sentimentos estão presentes durante a leitura?

2) Explique como você entende esse trecho. “Eu sou branco. Você é vermelho. Quando estamos juntos somos rosa . . .”

3) Por que o narrador afirma que “Antes de eu conhecer você, eu não sabia o que era ser rosa . . .” ?

4) Releia o 3º parágrafo. Usando as cores como referência, o narrador fala sobre os conflitos que ocorrem em um relacionamento. Retire desse parágrafo alguns exemplos que mostram esse conflito.

5) O narrador confessa que temia perder a sua individualidade, se entregando ao relacionamento. Em seguida, afirma que se entregar não é a mesma coisa que se perder. O que ele quis dizer com isso?

6) Segundo o texto: Por que dá mais trabalho “ser rosa”?

7) Sobre os sentidos das palavras no texto:

- Diga os possíveis sentidos para as palavras abaixo, considerando seu significado no texto e fora:

Rosa – abismo – mar – estrela

- Perceba que no texto existe uma palavra em negrito e sublinhada, caso ela fosse substituída pela palavra “viver”, o sentido da frase mudaria ou ficaria o mesmo? Por que isso acontece?


Reflita!
- Ao ler o texto, você deve ter percebido que o tema é o AMOR, que pode ser expresso de diversas maneiras. Existe o amor entre pais e filhos; amigos; avós e netos; namorados...

Agora pense e reflita sobre as questões abaixo:

-Para você, o que é o amor?
-Você acredita que todo amor deve ser sempre “perene”, “eterno”, sem fim? Comente sua opinião.
-Por que o ser humano tem a necessidade de amar?

PRODUÇÃO DE TEXTO
A partir das reflexões escreva um texto, em forma de narrativa (uma história), sendo que as personagens da história estejam envolvidas em algum conflito e necessitam resolver sem usar a violência ou estupidez. Use sua criatividade e sensibilidade!!!

* O título do texto consiste em recurso expressivo.
* Compreendeu e desenvolveu o tema proposto de acordo com o contexto de produção solicitado
* Durante o desenvolvimento da carta, há progressão, clareza e coesão na apresentação doa fatos
* O vocabulário empregado no texto é variado e está sendo usado como um recurso expressivo
* A organização sintática dos períodos e a pontuação são apropriadas aos objetivos e à estrutura global da narrativa
* As relações de concordância estão ajustadas ao padrão culto da escrita
* O texto é redigido segundo às normas ortográficas oficiais


FONTE:
http://www.cscj-saoborja.com.br/

sábado, 12 de março de 2011

Atividades de leitura e escrita


Pesquisando na internet encontrei essas sugestões para trabalhar leitura e escrita.

Mais de 50 brincadeiras para Alfabetizar.

Jogo dos 07 erros

01 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, substitui uma letra por outra que não faça parte da palavra. A criança deve localizar essas 7 substituições.
02 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, inverte a ordem de 2 letras (ex: cachorro – cachorro). A criança deve achar esses 7 erros.
03 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, omite uma letra. O aluno deve localizar os 7 erros.
04 - A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas, acrescenta 1 letra que não existe. A criança deve localizar quais são elas.
05 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e substitui 7 palavras por outras, que não façam parte do texto. O aluno deve achar quais são elas.
06 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e omite 7 palavras. O aluno deve descobrir quais são elas.
07 - A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e inverte a ordem de 7 palavras. O aluno deve localizar essas inversões.
08 - A profª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.) e acrescenta 7 palavras que não façam parte dele. A criança deve localizar quais são elas.
Caça palavras
01 - A prof.ª monta o quadro e dá só uma pista: “Ache 5 nomes de animais” por exemplo.
02 - A prof.ª monta o quadro e escreve, ao lado, as palavras que o aluno deve achar.
03 - A prof.ª dá um texto ao aluno e destaca palavras a serem encontradas por ele, dentro do texto.

Jogo da Memória
01- O par deve ser composto pela escrita da mesma palavra nas duas peças, sendo uma em letra bastão, e a outra, cursiva.
02 - O par deve ser idêntico e, em ambas as peças, deve haver a figura acompanhada do nome.
03 - O par deve ser composto por uma peça contendo a figura, e a outra, o seu nome.
Cruzadinha
01- A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz uma tabela com todas as palavras da cruzadinha em ordem aleatória. Assim, a criança consulta a tabela e “descobre” quais são os nomes pelo número de letras, letra inicial, final, etc.
02 - A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las, faz um quadro com todos os desenhos e seus respectivos nomes, para que a criança só precise copiá-los, letra a letra.
03 - A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando os desenhos para a criança escreva seus nomes.

Bindo das Letras - As cartelas devem conter letras variadas. Algumas podem conter só letras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras, letras dos dois tipos, misturadas.

Bingo de palavras - as cartelas devem conter palavras variadas. Algumas podem conter só palavras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras, letras dos dois tipos.

Bingo de iniciais - a profª deve eleger uma palavra iniciada por cada letra do alfabeto e distribuí-las, aleatoriamente, entre as cartelas. (+/- 6 palavras por cartela). A profª sorteia a letra e o aluno assinala a palavra sorteada por ela.

Bingo de letras variadas - as cartelas devem conter letras variadas. A profª dita palavras e a criança deve procurar, em sua cartela, a inicial da palavra ditada.

Quebra Cabeça de rótulos - A profª monta quebra cabeças de rótulos e logomarcas conhecidas e, na hora de montar, estimula a criança a pensar sobre a “ordem das letras”
Dominó de palavras - em cada parte da peça deve estar uma palavra, com a respectiva ilustração.

Ache o estranho - a prof.ª recorta, de revistas, rótulos, logomarcas, embalagens, etc. Agrupa-os por categoria, deixando sempre um “estranho” (ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e 1 quente; 3 marcas começadas por “A” e uma por “J”; 4 marcas com 3 letras e 1 com 10, etc.) Cola cada grupo em uma folha, e pede ao aluno para achar o estranho.

Procure seu irmão 1 - os pares devem ser um rótulo ou logomarca conhecidos e, seu respectivo nome, em letra bastão.

Procure seu irmão 2 - os pares devem ser uma figura e sua respectiva inicial.

Jogo do alfabeto - Utilize um alfabeto móvel (1 consoante para cada 3 vogais). Divida a classe em grupo e entregue um jogo de alfabeto para cada um.Vá dando as tarefas, uma a uma: - levantar a letra;- organizar em ordem alfabética;- o professor fala uma letra e os alunos falam uma palavra que inicie com ela;- formar frases com a palavra escolhida;- formar palavras com o alfabeto móvel;- contar as letras de cada palavra; - separar as palavras em sílabas; - montar histórias com as palavras formadas;- montar o nome dos colegas da sala;- montar os nomes dos componentes do grupo.

Pares de Palavras - Objetivo: utilizar palavras do dicionário. Destreza predominante: expressão oral Desenvolvimento: O professor escolhe algumas palavras e as escreve na lousa dentro de círculos (1 para cada palavra). Dividir a classe em duplas. Cada dupla, uma por vez, dirigir-se-á até a lousa e escolherá um par de palavras formando uma frase com elas. A classe analisará a frase e se acharem que é coerente a dupla ganha 1 ponto e as palavras são apagadas da lousa. O jogo termina quando todas as palavras forem apagadas.

Formando palavras - Número de jogadores: 4 por grupo.Material: 50 cartões diferentes (frente e verso).Um kit de alfabeto móvel por grupo (com pelo menos oito cópias de cada letra do alfabeto)Desenvolvimento: Embaralhe os cartões e entregue dez deles para cada grupo;Marque o tempo – 20 minutos – para formarem a palavra com o alfabeto móvel no verso de cada desenho. Ganha o jogo o grupo que primeiro preencher todos os cartões.Variações: Classificar (formar conjuntos) de acordo:- com o desenho da frente dos cartões; - com o número de letras das palavras constantes dos cartões; - com o número de sílabas das palavras dos cartões; - com a letra inicial;

Treino de rimas - Várias cartas com figuras de objetos que rimam de três formas diferentes são colocadas diante das crianças. Por exemplo, pode haver três terminações: /ão/, /ta/, /ço/. Cada criança deve então retirar uma carta, dizer o nome da figura e colocá-la numa pilha com outras figuras que tenham a mesma rima. O teste serve para mostrar as palavras que terminam com o mesmo som. Ao separá-las de acordo com o seu final, juntam-se as figuras em três pilhas com palavras de terminações diferentes.

Treino de aliterações - Em uma folha com figuras, a criança deve colorir as que comecem com a mesma sílaba de um desenho-modelo (por exemplo, desenho-modelo: casa; desenhos com a mesma sílaba inicial: caminhão, cama, caracol; desenhos com sílabas iniciais diferentes: xícara, galinha, tartaruga). A mesma atividade pode ser depois repetida enfatizando-se a sílaba final das palavras (por exemplo, desenho-modelo: coração; desenhos com o mesmo final: televisão, leão, balão, mão; desenhos com finais diferentes: dado, uva, fogo).

Treino de consciência de palavras - Frases com palavras esquisitas, que não existem de verdade, são ditadas para a criança, que deve corrigir a frase. Substitui-se a pseudopalavra por uma palavra correta. Por exemplo, troca-se "Eu tenho cinco fitos em cada mão" por "Eu tenho cinco dedos em cada mão". Nesse jogo, palavras irreais são trocadas por palavras que existem de verdade, deixando a frase com sentido. Mostra-se que, ao criar frases com palavras que não existem, essas não têm significado.

Quantas sílabas tem? A professora fala uma palavra e o aluno “bate palma(s)” de acordo com o número de sílabas.

Qual é a palavra? A professora fala uma palavra (BATATA) e os alunos repetem omitindo a sílaba inicial (TATA) ou a final (BATA)

Lá vai a barquinha carregadinha de... A professora fala uma LETRA (ou sílaba) e as crianças escolhem as palavras. Ex.: frutas iniciadas com M - maçã, morango, melão, etc...

Adivinhando a palavra - O professor fala uma palavra omitindo a sílaba final e os alunos devem adivinhar a palavra. (ou a inicial)

Quantas sílabas tem a palavra? A professora fala uma palavra e a criança risca no papel de acordo com o número de sílabas (ou faz bolinhas)

Descoberta de palavras com o mesmo sentido - Ajude o aluno a perceber que o mesmo significado pode ser representado por mais de uma palavra. Isso é fácil de constatar pela comparação de frases como as que se seguem: • O médico trata dos doentes • O doutor trata dos doentes. Forneça, em frases, exemplos do emprego de sinônimos de uso comum como: • Bonita, bela; • Malvado, mau; • Rapaz; moço • Bebê; neném; • Saboroso; gostoso...

Descoberta de palavras com mais de um significado - Com essa atividade, os alunos perceberão que palavras iguais podem ter significados diferentes. Ajude-os a formar frases com as palavras: manga, botão, canela, chato; corredor; pena, peça; etc

Respondendo a perguntas engraçadas - Faça-as pensar sobre a existência de homônimos através de brincadeiras ou adivinhações:• a asa do bule tem penas? • O pé da mesa usa meia? • A casa do botão tem telhado?

Escrita com música - 1) dividir os alunos em equipes de 4 elementos; 2) distribuir, entre as equipes, uma folha de papel; 3) apresentar às equipes uma música previamente selecionada pelo professor; 4) pedir que o aluno 1 de cada uma das equipes registre, na folha, ao sinal dado pelo professor, suas idéias, sentimentos, emoções apreendidas ao ouvir a música; 5) solicitar-lhe que, findo o seu tempo, passe a folha ao aluno 2, que deverá continuar a tarefa. E assim sucessivamente, até retornar ao aluno 1, que deverá ler o produto final de todo o trabalho para toda a classe.Observação: a folha de papel deverá circular no sentido horário.

Conversa por escrito - 1) dividir a classe em duplas; 2) entregar a cada uma das duplas uma folha de papel; 3) pedir às duplas que iniciem uma conversa entre seus elementos (ou pares), mas por escrito.Observações: 1) a dupla poderá conversar sobre o que quiser, mas deverá registrar a conversa na folha recebida; 2) a dupla não precisará ler sua conversa à classe; apenas o fará, se estiver disposta a tanto.Objetivo específico dessa atividade: ensejar a reflexão sobre as diferenças entre a linguagem oral e a escrita.

Interpretando por escrito - 1) dividir os alunos em equipes de 4 elementos cada uma; 2) numerá-los de 1 a 4; 3) distribuir, entre as mesmas, pequenas gravuras (se possível de pinturas abstratas); 4) solicitar que cada uma das equipes registre, por escrito, o que entendeu sobre os quadros propostos; 5) ler as interpretações obtidas.

Brincando com as cores - 1) dividir a classe em equipes de 4 elementos; 2) numerar os participantes de cada uma; 3) distribuir, entre elas, as cores: atribuir uma cor (vermelho, verde, amarelo, azul, etc.) a cada uma das equipes ou grupos; 4) pedir que cada um dos elementos de cada uma das equipes registre, numa folha de papel que circulará entre os participantes, suas impressões a respeito da cor recebida; 5) solicitar das equipes a leitura das impressões registradas.Observações: a mesma atividade poderá ser realizada, mas sem a entrega de cores às equipes. Neste caso, cada um dos grupos deverá produzir um pequeno texto sobre uma cor, sem nomeá-la, mas procurando “dar pistas” a respeito da mesma, a fim de que os colegas possam descobri-la. Algumas equipes poderão ler seus textos e, se a cor não for descoberta, o professor poderá organizar uma discussão sobre esse fato, apontando, alguns fatores que talvez tenham dificultado a não identificação. Outra atividade com cores poderá ser a dramatização por meio de gestos, ou mímica, de uma cor escolhida pela(s) equipe(s).

Compondo um belo texto-poema - 1) dividir os alunos em equipes ou grupos; 2) indicar a cada uma três substantivos - chave do poema: mar, onda, coqueiro; 3) marcar, no relógio, 10 (dez) minutos para a composição dos poemas; 5) expor, no mural de classe, os textos produzidos pelas equipes.

Cinema imaginário - 1) dividir a sala em equipes ou grupos; 2) apresentar às equipes três ou quatro trechos (curtos) de trilhas sonoras de filmes; 3) solicitar que os alunos imaginem cenas cinematográficas referente às trilhas ouvidas; 4) interrogar os alunos sobre o que há de semelhante e o que há de diferente nas cenas imaginadas por eles.“A partir das respostas a essas perguntas, o professor discutirá, com os alunos, o papel do conhecimento prévio e o das experiências pessoais e culturais que compartilhamos, para que possamos compreender textos (verbais, não-verbais, musicados, ...)

Criação de um país imaginário - 1) dividir os alunos em equipes ou grupos; 2) pedir-lhes que produzam um texto, com ou sem ilustração, descrevendo um país imaginário, de criação da equipe; 3) solicitar que cada uma dessas leia para as demais o texto produzido por ela; 4) afixar, no mural da sala, os textos produzidos pelas equipes.
“ Se eu fosse ...” - 1) dividir a classe em equipes ou grupos; 2) pedir que cada uma complete as lacunas ou pontilhado com o nome de um objeto, animal, planta, personagem ou personalidade humana que gostaria de ser; 3) solicitar que escrevam e/ou desenhem a respeito do que gostariam de ser; 4) pedir que exponham suas produções aos colegas; 5) sugerir que as coloquem no mural ou varal de classe.

Jogo do segredo (telefone sem fio) - Dizer uma pequena frase a uma criança e ela diz essa frase ao ouvido da criança que está ao seu lado e assim sucessivamente até percorrer as crianças todas. A ultima diz a frase em voz alta para vermos se coincidiu com a frase inicial.

Jogo de formação de frases - Montagem: faça várias cartelas em cores diferenciadas, contendo: os substantivos, ações, conectivos e pontuação, separadamente. (ex: substantivos em rosa, conectivos em azul, etc.). Como jogar: a professora entrega a uma dupla de alunos cartelas contendo palavras, vogais e pontuação embaralhadas. Em seguida, pede a ela que forme as frases corretamente. Em outro momento, pergunta-lhe se é possível trocar elementos frasais com as demais duplas. Assim, os alunos treinam, de maneira lúdica, a comparação entre frases e entre elementos que estruturam uma frase, sem preocupar-se com nomenclatura. Em momento algum, a professora comenta a divisão de cores dos elementos. Ela deixa o aluno descobrir as diferenciações, instigando-o a reparar as diferenças. Outra forma de brincar é fazer com que uma criança monte a frase e a outra a leia em voz alta.


Créditos: Aprendendo com a tia Célia
Organizado por: Professora Marcia Valeria
Fonte: http://professoramarciavaleria.blogspot.com/2011/03/mais-de-50-

domingo, 6 de março de 2011

Alfabetização (Leitura imperdível)

Excelente texto, com fundamentação e sugestões para trabalhar a alfabetização de alunos.



Alfabetização a partir do texto

Nos primeiros passos em direção à alfabetização, o aluno vai abordar o texto não para dominar o mecanismo da leitura, mas para aprender alguns fatos sobre o sistema da escrita e, possivelmente, descobrir algumas relações entre a escrita e a fala. Continuando a lidar com textos, seus conhecimentos se ampliarão. Aprenderá sobre os usos sociais da escrita e os diferentes tipos de organização textual. Pouco a pouco, será capaz de reconhecer, num relance, certas palavras que se repetem muito. Em algum momento, descobrirá que as letras se relacionam com sons: estará fechado o círculo que vai do texto à letra. A aprendizagem por meio do texto é altamente motivadora porque dá ao aluno impressão de que ele caminha rápido para chegar ao que interessa: a compreensão de uma mensagem.
O texto é o ponto central de uma proposta pedagógica, pois é ele que tem o significado e permite a inferência, dedução e compreensão na leitura e na escrita. O registro e a leitura de tudo o que for possível em atividades desenvolvidas pelas crianças, como listagem de nomes e palavras, letras do alfabeto frases, textos coletivos etc , passam a ser elementos de investigação cotidiana.
O mais importante é que o texto tenha sentido e interesse para a turma. Palavras “fáceis”e “difíceis” aparecem juntas e serão assimiladas pelos alunos.
Um tipo adequado de texto é aquele escrito pelo professor, que registra, em poucas linhas, um fato interessante, uma observação ou comentário feito por um aluno, um caso acontecido na sala de aula, e assim por diante. Outras opções são histórias infantis, anúncios, poesias, letras de música, um repertório inesgotável.
O primeiro passo é escolher um texto adequado aos interesses da turma e escrevê-lo numa folha grande de papel. Letras bastão, ou ainda maiúsculas, de imprensa, são mais fáceis para o leitor iniciante do que a letra cursiva.
A exploração de textos diversificados é uma prática pedagógica que proporciona o desenvolvimento da expressividade, do uso funcional da linguagem, da leitura e da reflexão do mundo.
Uma pequena história ou notícia de jornal são exemplos de textos curtos, adequados para essa atividade. É importante que haja um título, a partir do qual já se podem criar expectativas sobre o que está escrito.
Começando pela leitura do título, o professor pode conversar informalmente com os alunos: qual será o assunto que vamos encontrar ou que podemos esperar de um texto com esse título? Se for uma história conhecida, quem serão provavelmente os personagens?
Se for uma notícia de jornal, o que terá acontecido?
Em seguida, ler o texto completo em voz alta, fazendo comparações entre o que se esperava encontrar com o que realmente apareceu. À medida que se repete esta atividade, vale a pena comparar o texto novo com outros já conhecidos. Por exemplo, comparando duas histórias, observam-se semelhanças no modo de escrever. O mesmo tipo de análise comparativa pode ser feita com diferentes tipos de texto, como notícias de jornal e outros.
Em resumo, trata-se de mostrar aos alunos que textos do mesmo gênero têm características comuns. Se este trabalho for realizado freqüentemente, desde o início da alfabetização, os alunos ficarão preparados para saber o que podem esperar de determinada leitura: É o primeiro passo para a formação de leitores críticos. Outra vantagem é que quando souberem escrever, escreverão melhor.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
- Escrever uma poesia curta e ler várias vezes, até que os alunos a aprendam de cor. Pedir para localizarem esta ou aquela palavra no texto.
- Fazer o mesmo com letras de música conhecidas, com provérbios, frases de pára-choques de caminhão etc.
- Depois de ler um texto em voz alta, apreciando seu significado, pedir aos alunos para descobrirem qual é a palavra, ou palavras, que nele se repetem.
- Pedir aos alunos que guardem na memória, para repetir na classe, uma frase que ouviram antes de chegar à escola. As frases serão escritas na lousa e comentadas por todos: quem disse, onde disse, por que disse. Em seguida, serão analisados: número de palavras, número de espaços entre as palavras, pontuação, existência de palavras iguais.
- Exploração do título e formulação de hipóteses sobre o tema geral e os significados prováveis do texto.
- Troca de idéias com a turma sobre o que compreenderam da leitura.Busca de relações entre o texto e os conhecimentos e experiências dos alunos.
- Identificação do gênero do texto.
- Leitura didática feita pelo professor que aponta as palavras uma a uma. A turma acompanha e repete.
- Observação de aspectos formais da escrita como sistema de representação: direção ( da esquerda para a direita), limites gráficos das frases ( onde começam e onde terminam), número de frases, uso de maiúsculas e minúsculas, pontuação, espaços entre as palavras.
- Repetição da leitura do texto, ora pela turma toda, ora por um único aluno.
Do ponto de vista da compreensão do mecanismo da leitura, o ideal é que o aluno, praticando essas atividades, seja capaz de relacionar as unidades sonoras com as unidades gráficas, ou seja, saber que a cada palavra dita por ele corresponde uma palavra no papel.

DECOMPONDO O TEXTO:
O objetivo desta etapa é o reconhecimento de cada uma das frases que compõem o texto. Trata-se ainda de uma leitura global. As frases serão inicialmente reconhecidas por um ou mais detalhes que atraiam a atenção dos alunos, como o número de palavras, a forma de determinada letra, a presença de uma palavra conhecida, e assim por diante.
Sugestão de atividades:
- Escrever as frases em tiras de papel ou cartolina. Pedir ao aluno que as arrume na ordem em que aparecem no texto.
- Alterar a ordem das frases e levar a turma a verificar o que acontece.
- Dizer uma frase em voz alta e pedir ao aluno que encontre a tira correspondente.
- Esconder uma das tiras e pedir ao aluno que descubra a frase que está faltando.
- Deixar os alunos trabalharem em grupo com as tiras, criando suas próprias atividades.

ANÁLISE DAS PALAVRAS:
O professor escolhe no texto três ou quatro palavras ( palavras-chave) que serão primeiro memorizadas, globalmente, depois analisadas e comparadas com outras, de maneira que a atenção do aluno seja dirigida para as relações entre sons e letras.
Sugestão de atividades:
- Escrever as palavras em cartões (conhecidos como cartões-relâmpago) do mesmo tamanho e mostrá-los à turma para leitura oral . O objetivo é que o reconhecimento das palavras seja imediato, o mais rápido possível.
- Chamar os alunos na lousa para apontar no texto a palavra pedida pelo professor ou por um colega que faz o papel do professor.
- Fazer o mesmo exercício (assinalar determinada palavra) em cópias feitas para o aluno.
- Mímica ou é proibido falar: Um aluno representa por mímica o sentido da palavra e outro deve escrevê-la na lousa.
- Concurso de frases:Os alunos formam frases oralmente e o professor as escreve na lousa, destacando a palavra-chave. A turma escolhe a frase mais bonita , que será escrita num cartaz e colocada num mural.
- Detetive: Procurar as palavras-chave em jornais velhos, revistas etc. Recortá-las e colá-las num cartaz intitulado “ Procura-se a palavra ...”
- Coleção de caixinhas: Cortar pedaços de papel do tamanho de uma caixa de fósforos, nos quais os alunos escrevem as palavras-chave e colam sobre caixinhas de fósforos vazias. À medida que aumentam suas coleções, as próprias crianças criam brincadeiras com as caixinhas ( trenzinho de palavras, dominós, torres de palavras etc.
- Palavras cruzadas ( adaptação): O professor lê as definições.
1. Nome de mulher ( MARIA )
2. Lugar onde se estuda ( ESCOLA)
3. Uma fruta ( MAÇÃ)
- Nosso primeiro dicionário:
Um aluno escreve a palavra-chave em letras grandes, no alto da página ( papel ofício). A seguir, copia uma frase em que aparece a palavra e ilustra o trabalho. Reunindo estas folhas por ordem alfabética, o professor formará o primeiro dicionário da turma.
- Passa palavra ( adaptação da brincadeira de passar o anel):
A palavra é escrita num pedacinho de papel que é dobrado e servirá para substituir o anel.
A criança que recebe o papelzinho deve ler em voz alta a palavra recebida. Se acertar, tem o direito de escolher outra palavra, escrevê-la num papelzinho e prosseguir a brincadeira.
- Segredinho:
Na hora da saída, o professor coloca no bolso de três ou quatro crianças um papel dobrado com uma palavra-chave, pedindo-lhes que leiam em casa várias vezes. No dia seguinte, os escolhidos vão à frente da turma ler as palavras que levaram.
- Histórias malucas:
É uma brincadeira divertida, a criação coletiva de histórias.O professor escreve a palavra-chave num papel e a esconde da turma. Pede a um aluno que sugira outra palavra qualquer.
Em seguida, o professor revela a palavra-chave. Tem-se uma dupla de palavras, com as quais o professor começa a brincar, fazendo associações entre elas. Usar diferentes preposições para ligar as palavras pode trazer resultados interessantes. Os alunos dão prosseguimento à história. Exemplo:
Palavra-chave: escola
Palavra sugerida pelo aluno: avião
Algumas ligações possíveis: escola e avião
avião com escola
avião na escola
avião sobre a escola
escola no avião etc.
Cria-se a história com as associações.

EXERCÍCIOS PARA ANÁLISE DAS PALAVRAS:
- Contar as sílabas oralmente. Batucar o número de sílabas ( uma batida para cada sílaba)
- Procurar palavras que rimem com a palavra-chave: escola/mola/sola/bola/cola.
- Organizar listas de palavras que contêm sílabas iguais. Dar e pedir exemplos e organizar as listas no quadro. A disposição das palavras e o uso do giz de cor ajudam a destacar as sílabas.
Es cola
Es tudante
Es cravo

FORMAÇÃO DE NOVAS PALAVRAS E FRASES:
Se o aluno realizar as atividades sugeridas até aqui, provavelmente perceberá que as sílabas são unidades menores da língua falada, que se unem para formar palavras.
Possivelmente terá compreendido que as letras têm a função de representar sons, embora não conheça o valor sonoro de cada uma. Novas palavras serão formadas gradativamente, dependendo do repertório formado de palavras-chave e de outras, descobertas pelos alunos.
À medida que os textos trazem novas palavras-chave e , consequentemente, o conhecimento de novas sílabas, fica fácil criar atividades para formação de novas palavras e frases.
Sugestões:
- Fazer cartõezinhos com as sílabas das palavras-chave e pedir aos alunos que formem novas palavras (atividade individual ou em grupo).
- Recortar as letras de jornais velhos e compor palavras.
- Com o mesmo propósito da atividade anterior, usar letras móveis de plástico, madeira ou papelão.
- Formar frases (oralmente) com as novas palavras e registrá-las no quadro. Selecionar algumas delas para o mural .

CRIAÇÃO COLETIVA DE NOVOS TEXTOS:
À medida que forem aprendendo palavras novas, os alunos podem partir para a criação coletiva ou individual de novos textos. Os textos que mais agradarem à turma devem ser xerocados ou copiados pelos alunos, para formarem uma coletânea de textos.
Criar um sistema de correspondência escolar ( entre escolas distantes ou turmas da mesma escola) é ótimo incentivo para a criação de textos.
Propostas para criação coletiva de textos:
- Criar um anúncio.
- Inventar uma pequena história com duas ou mais palavras dadas.
- Dar um título a uma história iniciada pelo professor.
- Modificar o final de uma história dada.
- Criar um acróstico para homenagear um colega.
- Fazer uma lista de compras.
- Escrever um bilhete, uma carta.
- Escrever uma quadrinha, uma poesia.
Visto que a criação é feita oralmente, os alunos não precisam estar completamente alfabetizados para realizar as atividades acima. Palavras já conhecidas não apresentam problema, as demais são escritas pelo professor. Se esperarmos que as crianças dominem a gramática e a ortografia, para só então começarem a escrever, o mais provável é que quando chegar a hora (se chegar), eles tenham perdido o interesse. É justamente por causa do ensino tradicional, que adia ao máximo a produção de textos, que tantas pessoas alfabetizadas , e mesmo com muitos anos de escolaridade, consideram-se incapazes de escrever.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:
Não é recente a idéia de alfabetizar a partir de textos. Por volta do final do século XIX, educadores norte-americanos, conhecedores do interesse das crianças pelas narrativas e de sua capacidade para memorizar rapidamente as histórias ouvidas, criaram o método da historieta ou do conto. Com a ajuda do professor, os alunos criavam um texto para relatar um fato interessante ou para contar uma história. Geralmente, o professor lançava mão de desenhos para ilustrar as sucessivas frases e assim facilitar a memorização dos respectivos significados. A partir desse texto, chegava-se à análise das frases, das palavras, das sílabas e, finalmente, às letras.
Nas primeiras décadas do século XX, o educador francês Celestin Freinet criou e divulgou seu método de alfabetização a partir do texto, conhecido como método natural Freinet.
Freinet estimulava os alunos a produzirem seus próprios textos, primeiro oralmente, depois por escrito. A alfabetização se fazia de forma assistemática, pelo processo de descoberta de regularidades na escrita.
Freinet percebia a importância de aprender a leitura e a escrita em situações funcionais e para isso criou as técnicas do jornal escolar e da correspondência interescolar.
Seus livros permanecem muito atuais e constituem uma fonte de consulta importante para o professor que deseja alfabetizar a partir dos textos.
LIVROS RECOMENDADOS PARA APROFUNDAMENTO DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA:
- CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador. Série Princípios- Editora Ática,1995.
- RUSSO, Maria de Fátima. Alfabetização : um processo em construção. Editora Saraiva, 1ª edição,1993.
- CÓCCO, Maria Fernandes. ALP :Um trabalho de linguagem numa proposta socioconstrutivista. FTD.
- KIRINUS, Glória. A criança e a poesia na pedagogia Freinet. SP:Paulinas,1998.
- FREINET, Celestin. Pedagogia do bom senso. SP: Martins Fontes, 1996.
- NASCIMENTO, Maria Evelyna Pompeu do. A pedagogia Freinet: Natureza, educação e sociedade. Campinas, SP: Editora da UNICAMP,1995.
- MAURY, Liliane. Freinet e a pedagogia. SP: Martins Fontes,1993.

Fonte: http://educandocomcarinhoo.blogspot.com/2010/07/alfabetizacao-partir-do-texto.html

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