terça-feira, 7 de setembro de 2010

Leitura para o professor

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Alfabetização: um repensar constante!

A língua escrita faz parte do mundo em que as crianças vivem, está presente em casa, na rua, no colégio, na aula.

Por Aldrey Denise de Freitas
08/04/2010

Apesar da escola ter aumentado suas taxas de escolarização nos últimos anos, alfabetizar os alunos ainda é um dos maiores desafios da educação. As contribuições advindas das áreas educacional, sociológica, psicológica, linguística entre outras, apontam que o fracasso escolar não pode estar condicionado somente ao aluno, mas também à escola,na medida em que desloca o eixo da discussão de como se aprende, para como se ensina.

Muitos estudos têm sido feitos sobre como as crianças aprendem a ler e a escrever e a cada dia comprova-se que elas pensam no texto escrito muito antes do que se imagina . A língua escrita faz parte do mundo em que as crianças vivem, está presente em casa, na rua, no colégio, na aula. Segundo Emília Ferreiro, a escrita é importante na escola, porque é importante fora dela e não ao contrário.

Ao participar dos contextos sociais de produção e da interpretação da língua escrita, a criança espontaneamente a explora, reflete sobre ela e inicia a reconstrução dos princípios que a regem. Tudo isto constitui uma bagagem de saberes a partir da qual a criança vai construindo o conhecimento da leitura e da escrita e, à medida que vai operando com elas, seu funcionamento vai sendo compreendido. O ensinar a ler e a escrever deve estar associado às situações e atividades que tenham função e um sentido reconhecidos pela própria criança e pela comunidade a que ela pertence.

Cabe à escola, um repensar constante sobre o processo de alfabetização, tanto no que refere-se às concepções de ensino e aprendizagem realizados em situações reais, com função social concreta , quanto no investimento na formação continuada do professor. Pois o educador que freqüentemente repensa-se enquanto sujeito mediador do processo de construção de conhecimento, está atento e sensível a reconstruir sua práxis, estabelecendo conexões entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática.

A questão principal não é tentar encontrar um método, que por si só, garanta sucesso total na alfabetização, mas discutir metodologias, pois aprende-se a ler e a escrever de diversas maneiras.

Aprende-se melhor quando é possível vivenciar, experimentar, sentir; ao interagir com os outros e com o mundo.

Fonte: http://www.editorapositivo.com.br/editora-positivo/professores-e-coordenadores/artigos/leitura.html?newsID=8e64011f6b6b404a8b4dee467775a246

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